O mundo inteiro tem acompanhado as manifestações no Brasil. São vários movimentos populares por todo o país que inicialmente surgiram para contestar os aumentos nas tarifas de transporte público, principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro, mas que ganharam forte apoio popular depois da repressão violenta e
desproporcional que foi promovida pelas polícias militares estaduais contra as passeatas. Os objetivos foram:
• Diminuir o valor ou eliminar a cobrança das tarifas de transporte público;
• Sistemas de transporte público de boa qualidade e que atendam toda a população; • Melhor gestão dos gastos governamentais e serviços públicos eficientes; • Impedir a aprovação de projetos como a "cura gay"678 e as PECs 37 e 33 no Congresso Nacional.
Após repercussão midiática, confrontos com a polícia, atos de vandalismo, manifestantes em outros países se unindo ao grito brasileiro, ameaças de o Brasil não sediar mais a Copa de 2014 e poucos pronunciamentos governamentais, cinco medidas foram tomadas e um prometido plebiscito, por sua vez repudiado pela oposição que sugeriu um referendo no lugar de. Será por que? Inclusive já criaram até uma proposta paralela de reforma política caso haja algum "imprevisto" com o plebiscito. Pra quem não sabe a diferença dos dois termos, segue uma definição da Wikipedia:
"Assim, podemos dizer que plebiscito é uma consulta ao povo antes de uma lei ser constituída, de modo a aprovar ou rejeitar as opções que lhe são propostas; o referendo é uma consulta ao povo após a lei ser constituída, em que o povo ratifica ("sanciona") a lei já aprovada pelo Estado ou a rejeita. Maurice Battelli, de fato, define plebiscito como a manifestação direta da vontade do povo que delibera sobre um determinado assunto, enquanto que o referendo seria um ato mais complexo, em que o povo delibera sobre outra deliberação (já tomada pelo órgão de Estado respectivo)."
Dá pra sentir o ritmo que as coisas vão caminhar, mas o recado foi dado. O povo saiu, deu as caras, chamou pra rua e fez valer sua força.
Acredito que é um momento chave para o povo de Deus, não somente os governantes cristãos, mas toda a juventude cristã usar de seu mandato de ter autoridade sobre a terra e estabelecerem valores de um reino que é de paz, justiça e que não falha. Desde o Gênesis Deus confiou a terra aos homens e talvez por isso ela chegou nesse ponto. Precisamos restaurar muita coisa perdida. As esperanças precisam ser renovadas e a palavra de Deus tem toda direção que precisamos para que esse modelo tão desejado seja implantado. Não falo de um governo teocrata, no conceito de teocracia que vemos hoje - tanto cristãos como não-cristãos, como no Vaticano, Irã, ou nações muçulmanas, por exemplo, que são teocratas, vivem sob a lei sharia baseada no Qur'an, adorando ao deus Alá. Alguns desses países violam muitos direitos humanos inclusive o da liberdade religiosa, condenando aqueles que se apostatam da fé ao apedrejamento ou decapitação, além de tantas outras leis. Se o próprio Deus que nos criou e que deu Seu filho Jesus para nos salvar da morte eterna, nos deu o direito de escolher, aceitá-Lo ou não, depois de tantos benefícios que nos deu e fez, quem somos nós para privar uma pessoa desse direito?
O plano de Deus é que Seu reino venha na terra sim, como oramos "seja feita a Tua vontade assim na terra como no céu..." e isso significa que aqueles que tem essa mentalidade de reino de Deus bem estruturada em seu coração e mente, devem se esforçar para influenciar a sociedade em qualquer área que Deus o tenha designado a estar, seja no trabalho, faculdade, academia, vizinhança, na política, na mídia, nas artes, onde for! Precisamos de cristãos de caráter para assumir altos cargos na sociedade e não mercenários aproveitadores que só usam do poder para promoverem a si mesmos e ampliar seu reino individual de luxo e vaidade.
O Brasil é um país como muitas igrejas, no Estatuto uma coisa, na prática, outra! No papel o Brasil se considera um Estado laico, por exemplo, que por conceito denota a ausência de envolvimento religioso em assuntos governamentais, (o que não significa ser governado por ateus ou por pessoas sem princípios) bem como ausência de envolvimento do governo nos assuntos religiosos. Já na prática, um feriado religioso como o 12 de outubro, se aplica a todos os setores do Governo e funcionários públicos, ninguém trabalha, quem rege o que? Vale ressaltar que um Estado laico não implica na eliminação da religião, mas acima de tudo em respeito e garantia de liberdade. Se o povo escolheu um cristão para governar, por exemplo, presume-se que ele fará valer os princípios de vida que regem seus atos, pois esses provavelmente poderão ser decisivos na tomada de uma decisão importante para a sociedade. O princípio mais básico da democracia é que a maioria das pessoas governa e estabelece as normas definitivas para a sociedade. E, como dizia meu amigo Lucin, de BH, "é aí que eu e você entramos!"
É por isso que temos que crescer não somente em número, mas em qualidade, em eficiência, consciência da importância da responsabilidade que temos em nossas mãos como filhos de Deus! Como embaixadores do reino Dele, cuidarmos dessa terra um por um, pouco a pouco e sementes serão plantadas em todo lugar e elas nunca voltarão vazias. Iniciativas de um povo que ama ao próximo, que por isso defende a vida, abomina o aborto, o assassinato, a degeneração das famílias, o zelo com a saúde sem vícios, sem mutilação, sem ódio, sem depressão. Um povo que ensina a verdade e preza pela educação, pelo desenvolvimento que traz crescimento, prosperidade e etc. Um povo justo, num país onde o bandido preso, além de ter uma despesa pro Estado ainda recebe auxílios e benefícios enquanto as vítimas de suas atrocidades que deveriam receber ficam desamparadas. Um país onde vereadores votam aumento de seus próprios salários em 65% (e ainda respondem aos questionamentos: "Quem achou ruim que se candidate!") enquanto no nordeste do país famílias, não poucas, vivem com menos de R$70, ou $35, ou €25, que for, sem água, sem educação, sem honra.
O problema que é imaginamos que essa terra de justiça só existirá "depois da morte". É por isso que tantos extremistas religiosos se matam, "ir para o céu" pra eles é um lucro que se antecipa através de atos de terrorismo. Haverá um dia que a terra será plena novamente, a vontade de Deus será soberana e única como no Éden, mas isso começa aqui. Muitas vezes não começará na sua igreja, porque não é um movimento exclusivamente institucional, não se trata de Eclesiologia, mas de um movimento de todo aquele que ama como Deus ama. Nosso cristianismo não é uma utopia ou ideal inalcançável, mas palpável, que pode ser visto, vivido e implantado para o bem. Quem é verdadeiramente filho de Deus entende sua função na comunidade e obedece. Faz sua parte. Serve de exemplo e não de tropeço para os outros, por isso, não podemos generalizar ou concluir que toda igreja esteja mobilizada ou preparada para tal. É um povo que não desonra autoridades constituídas, mas luta para que elas honrem suas posições. Quem são essas pessoas? Onde estão e o que estão fazendo??
A partir do momento que entregamos nossas vidas a Cristo, um novo nascimento acontece, um novo reino é estabelecido primeiramente dentro de nós, um novo governo, novos valores e ao nosso redor tudo começa (ou deveria começar) a mudar. Creio que existe uma vontade de ver um modelo digno sendo erguido na sociedade que faça com que viver em comunidade valha a pena, não conheço nenhum sistema de leis tão favorável à vida quanto a Bíblia sagrada. Comece em você. Um movimento começa com uma pessoa. É sobre esse movimento de justiça que diz a Bíblia:
"A criação aguarda com expectativa pela manifestação dos filhos de Deus." Rm 8:19
Está preparado para o desafio? Então vem pra rua!
"Ide por todo mundo e fazei discípulos de todas as nações, ensinando-os a guardar tudo o que vos tenho dito e eis que estarei convosco todos os dias até a consumação dos séculos." Mt 28:18-20.
Com amor, Ana Sanchez.
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**Professora de Musica **Ministra de Louvor e Adoração **Pastora e Líder do Ministério Virtude
quinta-feira, 4 de julho de 2013
Manifestações no Brasil
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